quinta-feira, novembro 17, 2005

A realidade e a imagem - Manuel Bandeira

O arranha-céu sobe no ar puro lavado pela chuva
e desce refletido na poça de lama do pátio.
Entre a realidade e a imagem, no chão seco que as separa,
quatro pombas passeiam.

7 comentários:

Patricia disse...

Bem fotográfico esse poema!
beijos!

Julia Moreira disse...

Não é por acaso que sou apaixonada por esse poema! Acho-o maravilhoso, fiquei sem palavras, "chapada" ao lê-lo pela primeira vez!

Anônimo disse...

oie!esse poema ta mto bom!bem q vc falou quando a gente foi ver vinicius q vc tinha gostado dele!!!
bjao

Unknown disse...

Assim no Ceu como na Terra; encima como embaixo; o objeto e sua imagem. Somos o foco, estamos no meio de tudo, no centro, no Zero, nem à esquerda nem à direita. Para onde olhamos existe o infinito. O edifício sobe e desce e estamos no mar de lama a pastar sem perceber o Belo iluminado pela luz gloriosa da Sabedoria.

rene disse...

posso ilustrar? http://tinyurl.com/bcdt4v

rene disse...

(agora sim)
posso ilustrar? http://tinyurl.com/bcdt4v

Unknown disse...

Entra meu espírito em êxtase voluptuosa e tremulante só de ler e imaginar este poema.
Obrigado, Manuel Bandeira, por esta síntese tão concisa e por isso bela.
Evandro Pereira.19/01/2021