Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
"Vou mandar levantar outra parede..."
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!
10 comentários:
muito bom eu morei na cidade em que ele morreu
Paaarabéns !
(Y)E a gnt com isso? O q muda o fato de vc morar na cidade dele?
¬¬
Poesia linda! ^^
vcs ja ouviram alguem dizer que não se arrependia de nada que fizera .....
na proxima vez que ouvires ou pronuciar lembre se desse poema e do poeta
foda-se
este é uma obra da consiencia humana.Nele AUGUSTO DOS ANJOS fala da nossa consciencia o nosso medo de pensar o erro e até msm no q deixou de fazer...
Eu acho esses sonetos dele uma porcaria!!!
egtgfvde concordo plenamente com vc meu caro.
Augusto dos Anjos foi um grande literário.
Li o livro todo e achei maravilhoso, não existe nada parecido, originalidade ...
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