terça-feira, janeiro 24, 2006

Dilema - Antonio Cicero

O que muito me confunde
é que no fundo de mim estou eu
e no fundo de mim estou eu.
No fundo
sei que não sou sem fim
e sou feito de um mundo imenso
imerso num universo
que não é feito de mim.
Mas mesmo isso é controverso
se nos versos de um poema
perverso sai o reverso.
Disperso num tal dilema
o certo é reconhecer:
no fundo de mim
sou sem fundo.

Um comentário:

Julia Moreira disse...

E não é que outro dia, fuçando o site da Adriana Calcanhotto eu me deparo com esse poema do Antonio Cicero? Como pode haver tanta coincidência?