terça-feira, janeiro 05, 2010

Gypsy Cove


fotografia: Julia Moreira

Há alguns dias venho ensaiando uns textos para postar. Comecei a escrever sobre um filme que assisti recentemente, mas fiquei empacada. Depois, achei um trecho interessante em um livro que estou lendo, mas não desenvolvi o texto. Ao invés de ficar enrolando, decidi escolher uma fotografia. Não demorou muito tempo, e eu selecionei três imagens, sendo que cada uma delas traria um texto completamente diferente do outro. Não apenas pelo conteúdo, mas também pela forma. Optei começar por essa.

Costumo me referir a esse local como "meu paraíso de cores pastéis"; e, nesse caso, uso a fotografia como mera ilustração de um lugar. E devo dizer, pobre ilustração... não consegui captar em uma imagem fotográfica a beleza que vi. Há algo de intraduzível aí. Aliás, nas traduções, nunca é possível reproduzir tudo, há sempre alguma coisa que se perde.

É possível traduzir em palavras? Creio que não. Esse intraduzível passa mais pelos sentimentos e sensações. É mais que visão congelada. É o tato do vento que faz barulho e movimenta. É poder segurar na madeira da grade e contemplar essa paisagem. É poder estar parada e em movimento ao mesmo tempo; e ficar horas olhando, andando, percebendo. É poder chamar algum ponto no mundo de "meu paraíso".


obs: Gypsy Cove é uma baía nas Ilhas Falkland, bem no sul do mundo.

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