Narciso é filho de uma flor aquática
e de um rio meândrico. É líquido
cristalizado de forma precária
e preciosa, trazendo o sigilo
da sua origem no semblante vívido
conquanto reflexivo. Ousaria
defini-lo como a forma em que a vida
mesma se retrata. É pois fatídico
que, logo ao se encontrar, ele se perca
e ao se conhecer também se esqueça,
se está na confluência da verdade
e da miragem quando as verdes margens
da fonte emolduram sua imagem fluida
e fugaz de água sobre água cerúlea.
4 comentários:
Que bonito! Não conhecia esse poema... gostei!
Continue postando!
beijos
Que poema bonito! Eu não conhecia...
Gostei.
Continue postando!
beijos Pat
Esse é muito lindo tb... nao conhecia... quero fazer um video com algum poema... vc tem algum bem imagético?
Este tb é bem lindo. Quero fazer um vídeo com base em algum poema... vc tem algum bem imagético?
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